O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na última quinta-feira (2) que faria um financiamento na ordem de R$ 307 milhões para a implantação de melhorias no sistema hidroviário do Estado de São Paulo. Com os recursos, serão feitas obras que deverão aumentar a carga transportada na hidrovia Tietê-Paraná de 5,8 milhões de toneladas para até 11 milhões de toneladas em 2020.
O projeto, desenvolvido pelo Departamento Hidroviário da Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, prevê a implantação da eclusa da Penha, ampliação e retificação dos canais de Botucatu e Conchas, a implantação do Terminal Portuário de Araçatuba e das barragens e eclusas de Anhembi, Conchas e Santa Maria da Serra, todas pertencentes a hidrovia Tietê-Paraná. Ao todo, a área da hidrovia tem 76 milhões de hectares.
A intervenção, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do Governo Federal, terá como investimentos globais o montante de R$ 1,034 bilhão. Destes, o BNDES terá participação de 31,2% dos itens financiáveis. Já os recursos do PAC, provenientes do Orçamento Geral da União, somarão R$ 584,2 milhões, ou 59,3% dos itens financiáveis.
Atualmente, mais de 90% da carga transportada na hidrovia Tietê-Paraná é composta de areia, soja, cana, milho e farelo de soja. Os principais rios da hidrovia são os interestaduais Paraná, Grande e Paranaíba, além de Tietê e Piracicaba, localizados no interior de São Paulo.