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Construção civil começa 2º semestre com bons indicadores de confiança

Empresários mantêm posição de investimento, geração de empregos cresce e projeção de PIB de 4% está mantida

Os indicadores de confiança que envolvem os setores de varejo e produção da construção civil começam o 2º semestre de 2021 em viés de alta. O Índice de Confiança do Comércio atingiu 95,9 pontos e o Índice de Confiança da Indústria chegou aos 107,6 pontos – ambos são medidos pela Fundação Getúlio Vargas.  

Já o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção alcançou 58,9 pontos. Acima de 50 pontos, o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sinaliza otimismo, o que é confirmado pelo Índice de Confiança da Construção, medido pela FGV IBRE, e que chegou a 92,4 no final do 1º semestre.  

“Essa consolidação de uma confiança mais alta, disseminada por toda a indústria (incluindo a da construção), é importante, pois aponta para um segundo semestre positivo. Empresários confiantes tendem a produzir, contratar e investir mais”, explica o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo. 

O que também reforça a tendência de viés de alta para o 2º semestre é a confiança do consumidor, que voltou ao patamar dos 80 pontos. A mesma medição da FGV IBRE detectou que a expectativa do consumidor também se recuperou e atingiu 88,3 pontos. Isso sinaliza o quanto está o ímpeto das pessoas de irem às compras. 

Todo esse cenário se confirma na projeção do Termômetro Abramat para o mês de julho, que aponta que 71% da indústria de materiais de construção confiam na melhora econômica no 2º semestre. Para o presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Rodrigo Navarro, o setor se mostra otimista, mas com os pés no chão. 

“Ainda que haja sinais de aquecimento do mercado, fatores como aumento da tarifa de energia, variação cambial, flutuação internacional do preço das commodities e alta nos fretes deixam o setor atento. Continuaremos trabalhando em conjunto com toda a cadeia da construção civil para apoiar a implementação de reformas estruturantes que ajudem a diminuir o Custo Brasil”, diz. 

Em 2021, dados oficiais mostram que setor já criou 156.693 postos de trabalho  

Outro dado que faz a construção civil entrar confiante no 2º semestre é o que se refere à geração de empregos formais. Neste ano, de acordo com dados mais recentes do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) o setor criou 156.693 postos de trabalho. Atualmente, a construção emprega 2.430.363 pessoas.  

Segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Ieda Vasconcelos, o setor segue criando novas vagas formais em seu mercado de trabalho e permanece em recuperação de seu processo produtivo, mas poderia ter um ritmo mais intenso. “A recuperação poderia ser maior se não houvesse a pressão exercida pelo aumento dos preços dos insumos”, destaca. 

Mesmo com um ou outro obstáculo, o setor inicia o 2º semestre mantendo a projeção de que o PIB da construção crescerá 4% em 2021. É o que confirma a economista Ana Maria Castelo, coordenadora das pesquisas sobre construção civil do FGV IBRE. “Estão mantidas as projeções do PIB da construção, de crescimento de 4%, o que seria o melhor resultado desde 2013, mas é preciso observar os custos que estão impactando as obras. De qualquer forma, se mantém a posição de otimismo”, finaliza.  

Veja webinar promovido pela FGV IBRE sobre o panorama atual da construção civil

Entrevistados
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e ministério da Economia (via assessorias de imprensa) 

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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330 

Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/construcao-civil-comeca-2o-semestre-com-bons-indicadores-de-confianca/