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Consumo de aço na América Latina em recuperação morna no início do ano

Consumo de aço na América Latina em recuperação morna no início do ano

Dados da Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, indicam que a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi de 4,5 Mt, 10,8% menor que no mês anterior, enquanto a de laminados foi de 4,8 Mt, 1,6% menor, abaixo do mês de janeiro. No comparativo anual, a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi 6,6% inferior à de fevereiro de 2022, enquanto a de laminados foi 12,1% maior.

Dados da Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, indicam que a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi de 4,5 Mt, 10,8% menor que no mês anterior, enquanto a de laminados foi de 4,8 Mt, 1,6% menor, abaixo do mês de janeiro. No comparativo anual, a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi 6,6% inferior à de fevereiro de 2022, enquanto a de laminados foi 12,1% maior.

Por outro lado, o consumo de laminados foi 19% maior em janeiro de 2023 (6,2 Mt) em relação a dezembro de 2022. Em relação a janeiro de 2022, foi 8,4% maior.

No início do ano, os principais setores demandantes de aço apresentaram comportamento misto no nível de atividade: alguns acentuaram a tendência negativa, como a construção, e outros deram sinais mornos de recuperação, como a produção industrial e a manufatura.

Termômetro setorial

  • O pior desempenho veio do setor de construção. Depois de moderar o ritmo de contração nos últimos meses de 2022, a atividade caiu mais fortemente no início de 2023. Assim, depois de cair 0,8% em média ano-a-ano em novembro/dezembro de 2022, caiu 2,2% ano-a-ano. no ano um ano em janeiro de 2023;
  • Em contrapartida, a produção industrial foi o setor que apresentou melhor desempenho. Mesmo após registrar leve queda em dezembro de 2022, a atividade cresceu 5,3% ao ano em janeiro de 2023, após cair 0,3% ao ano no último mês de 2022;
  • O desempenho da manufatura foi bom na Argentina e no Peru (+6,3% e +1,1% A/A, em cada caso), países que registraram quedas ano a ano no final de 2022 (-2,7% e -4,6%, respectivamente). ). Por sua vez, o México registrou aceleração no primeiro mês do ano (de 2,7% a/a em dezembro-22 para 4,8% a/a em janeiro de 2023);
  • Dentro da indústria, heterogeneidades também são observadas. Apesar da tração da Argentina e do México (que registraram altas anuais de 22,9% e 10,3%, respectivamente), a produção automotiva avançou em fevereiro de 2023 a um ritmo ligeiramente inferior ao do mês anterior (5,5% a/a vs. 6,0% a/a );
  • A produção de máquinas continuou melhorando em janeiro de 2023, quando cresceu 8,7% ao ano, liderada por México e Chile (com expansões de 15,0% e 12,5% A/A, respectivamente), enquanto a fabricação de eletrodomésticos se recuperou após 17 meses em território negativo , registrando um aumento ano-a-ano de 1,7%. Neste último caso, o impulso na Argentina (19,2% YoY) foi fundamental, assim como uma contração mais moderada no Chile, Peru e México (-4,4%, -9,0% e -12,4%, de -35,2%, -23,6 % e -17,3%, respectivamente).

Produção, comercialização e consumo de aço:

“A situação internacional exige extrema atenção da nossa indústria regional local. Com a produção de aço da China caindo diante da forte pressão interna e externa para reduzir as pegadas de carbono, agora há espaço para os países emergentes redirecionarem seu fornecimento de produtos acabados. Assim, gera-se uma boa oportunidade para novos negócios e para a intensificação do comércio intrarregional entre os países latino-americanos”, afirma Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

“Outro foco de atenção é a iminente aprovação pelos países da União Europeia da versão final do Coal Border Adjustment Mechanism (CBAM), que visa controlar a entrada na UE de determinadas mercadorias importadas de países não pertencentes à UE que tenham com regulamentações sobre emissões de carbono consideradas menos rígidas pela Comissão Europeia, abrindo também um alerta para os países latino-americanos que têm negociações comerciais com esses países”, acrescenta.

Dados em detalhe

Produção de Aço Bruto:

  • A produção de fevereiro de 2023 foi 6,6% (4,5 Mt) inferior à de fevereiro anterior (4,8 Mt em 2022) e 10,8% inferior à do mês anterior (5,0 Mt). Nos primeiros 2 meses de 2023 ficou 4,6% abaixo do mesmo período do ano anterior. Com 9,6 Mt totais.

Produção de Laminados:

  • A produção de fevereiro de 2023 foi 12,1% (4,7 Mt) superior à de fevereiro anterior (4,2 Mt em 2022) e 1,6% inferior à do mês anterior (4,8 Mt). Nos primeiros 2 meses de 2023 ficou 10,8% acima do mesmo período do ano anterior. Com 9,6 Mt totais.

Comércio de laminados:

  • As importações de janeiro totalizaram 1,9 Mt (+92 Mt em um mês), 13,3% a menos que em janeiro anterior (2,2 Mt) e 4,9% a mais que no mês anterior (1,8 Mt importadas em dezembro de 2022). 
  • As exportações, por sua vez, registraram 607 Mt (-138 Mt em um mês), 34,7% a menos que em janeiro anterior (930 Mt em 2022) e 18,5% a menos que no mês anterior (744 Mt exportadas em dezembro de 2022). 

Consumo de Laminados:

  • Em janeiro de 2023 foram consumidas 6.1 Mt (+983 Mt em um mês), valor que representa um aumento de 8,4% em relação ao janeiro anterior (5.6 Mt em 2022) e 19,0% superior ao mês anterior (5,1 Mt em dezembro).

Os números finais de 2022 para a LATAM

Em 2022, o consumo aparente da região, que em 2021 foi de 75,1 Mt (+25,7%), registrou queda esperada de 8,7%, fechando em 68,5 Mt. Isso representa 107 kg/per capita, igual à média da safra 2015-2019 período. Por sua vez, 2022 fechou com uma produção de aço bruto na LATAM de 62 Mt (-4,1% vs. 2021) e 54 Mt de aço laminado (-3,4% vs. 2021).

Fontes: https://piniweb.com.br/consumo-de-aco-na-america-latina-em-recuperacao-morna-no-inicio-do-ano/