Uso da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas oferece segurança sanitária aos trabalhadores
Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) se tornam soluções para as construtoras que viabilizam grandes obras e não podem ver a produtividade afetada pela COVID-19. As duas tecnologias cognitivas passaram a ter uso crescente para reforçar a segurança sanitária dos trabalhadores e para ajudar na higienização dos equipamentos nesta época de pandemia.
Com base na IA, software recentemente desenvolvido em Cambridge, Massachusetts-EUA, permite, por exemplo, verificar se o distanciamento social é respeitado no canteiro de obras. A ferramenta é acoplada à IoT, para controlar o risco do vírus se propagar através dos equipamentos que entram e saem do local da construção ou são manuseados por mais de um trabalhador.
Ligadas a sensores de rastreamento, as máquinas indicam a necessidade de higienização. No caso dos caminhões-betoneira, eles sinalizam, via GPS, se passaram por alguma região mais afetada pela epidemia ao longo do percurso entre a concreteira e a obra. Quando isso ocorre, os veículos também são higienizados antes de entrarem no canteiro de obras.
A Inteligência Artificial usa a tecnologia de reconhecimento facial e de reconhecimento de objetos para detectar quem está se protegendo contra a COVID-19. A doença forçou uma adaptação da IA ao “novo normal”. Antes, dentro do canteiro de obras, esse monitoramento tinha um foco específico na segurança. Agora existe também a preocupação sanitária.
Nos Estados Unidos, obras com mais de 50 colaboradores estão instalando câmeras termais nos locais de trabalho. Junto com a IA, os equipamentos permitem saber se o trabalhador está febril ou não. Essa triagem eletrônica impede que um eventual infectado se transforme em um vetor da doença no canteiro de obras. Além de câmeras termais, veículos robotizados autônomos e drones também ajudam a fazer o rastreamento.
Mercado em alta para novas tecnologias de uso específico na construção civil
Também nos EUA, desenvolvedores como Smartvid.io, Triax Technologies e Hexagon são os que mais têm fornecido novas tecnologias para uso específico no canteiro de obras. E a procura tem sido surpreendente, como revela pesquisa encomendada pela Microsoft à consultoria DuckerFrontier. Antes da pandemia, apenas 28% das construtoras norte-americanas tinham preocupação com estratégias digitais. Agora, o volume aumentou para 36%. Até 2023, esse mercado deve movimentar 2 bilhões de dólares nos Estados Unidos, estima o estudo.
No Brasil, os números são menos impressionantes, mas crescentes. Tanto a Inteligência Artificial quanto a Internet das Coisas são utilizadas para o controle de áreas de risco das obras e para monitorar se os trabalhadores estão com os laudos médicos e os treinamentos em dia, e se estão utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequadamente. O sistema desenvolvido pela Mobuss Construção funciona através de catracas virtuais e por chips instalados nos EPIs. No entanto, a tecnologia ainda está restrita às construtoras que atuam no segmento residencial de alto padrão no país.
Para Tim O’Brien, diretor-geral de programas de IA da Microsoft, a Inteligência Artificial tem potencial para ajudar não só a construção civil como a humanidade diante do desafio enfrentado atualmente, que é a pandemia de COVID-19. “As ciências da computação e social devem caminhar lado a lado neste momento, para que a tecnologia seja parceira na busca por soluções para a nova sociedade que está surgindo”, avalia.
Entrevistados
Associação para o Avanço da Inteligência Artificial e Microsoft Media Relations (via assessoria de Imprensa)
Contato
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/covid-19-acelera-futuro-nos-canteiros-de-obras/