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E-commerces para compras de materiais de construção são incorporados aos hábitos dos consumidores

E-commerces para compras de materiais de construção são incorporados aos hábitos dos consumidores

Este artigo segue acompanhando a jornada de compra de materiais de construção, logo, complementa o artigo Em todas as regiões, Loja de bairro é o tipo de canal mais utilizado pelos consumidores, no qual aprofundamos e dimensionamos a importância desse tipo de canal.

Um dos aspectos positivos das pesquisas no formato de painel é o monitoramento dos aspectos comportamentais no tempo, indicando padrões e oscilações, ou, em outras palavras, comportamentos consolidados e tendências.

Muito tem se falado sobre a aceleração digital no segmento de materiais de construção, então, vamos dimensioná-la para melhor compreendê-la, considerando quatro anos do Painel Comportamental de Consumo de Materiais de Construção: 2020 (pré-pandemia), 2021 (auge do “fique em casa”); 2022 (reabertura da economia); 2023 (pós-pandemia).

A pergunta, em todos os anos, foi: “Agora vamos falar do local de compra dos materiais para sua obra. Quais os tipos de lojas utilizados para comprar os materiais de construção para sua obra/reforma (somente utilização do tipo de loja, pode marcar independentemente do valor gasto, volume e número de itens comprados, podendo ser apenas uma só compra)?”.

Os detalhamentos dos perfis e amostras de cada pesquisa realizada em maio dos respectivos anos, com consumidores que haviam reformado e/ou ampliado e/ou construído no período dos 12 meses anteriores, poderão ser acessados ao final do artigo.

Napesquisa relativa ao pré-pandemia, 18,3% dos consumidores haviam comprado ao menos um item para a obra/reforma pela internet. Já na pesquisa relativa ao auge do “fique em casa” cresceu para 29,5%; na pesquisa relativa à reabertura da economia decresceu para 24,2%, e, por fim, na pesquisa relativa ao pós-pandemia, voltou a crescer para 28,6%, praticamente no mesmo nível do boom de vendas no auge do “fique em casa”.

Dimensiona-se, então, o forte crescimento na passagem do pré-pandemia para o auge do “fique em casa”. No entanto, com a reabertura da economia, houve um decréscimo, muito provavelmente, pelo desejo dos consumidores de circular, visitar lojas, verificar cores, texturas, encaixes, dimensões, conversar com vendedores etc. Porém passada essa fase, no pós-pandemia, a utilização dos sites/e-ecommerces para compras de materiais de construção para as obras/reformas voltou a crescer, praticamente atingindo o mesmo nível do auge do “fique em casa”.

Estimamos – ou melhor, chutamos, pois não conseguimos encontrar ou fazer pesquisas que comprovem metodologicamente essa tese – que aproximadamente 4% do sell out de materiais de construção é faturado em sites/e-commerces, com itens, como ferramentas, puxando para cima, e outros itens, como materiais básicos, puxando para baixo.

Porém é possível estimar – agora, de verdade – que os hábitos de utilização dos sites/e-commerces para compras de materiais de construção adquiridos durante o “fique em casa”, foram incorporados aos hábitos de compra dos consumidores que realizam obras/reformas em seus lares.

Fonte: https://fundacaodedados.com.br/2023/12/14/e-commerces-para-compras-de-materiais-de-construcao-sao-incorporados-aos-habitos-dos-consumidores/