Termômetro Abramat mostra que 67% dos empresários do setor projetam investir em produção ao longo de 2021
O termômetro Abramat de março de 2021 mostra que a indústria de materiais de construção mantém o projeto de investir no aumento da capacidade produtiva e na modernização de suas unidades nos próximos 12 meses. Segundo apurou a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) 67% dos empresários consultados em todo o país responderam positivamente à intenção de seguir investindo. O percentual é 10% inferior ao registrado em fevereiro, mas, mesmo assim, se mantém alto.
Comparativamente, em março de 2020, ou seja, no início da pandemia, o percentual dos que tinham planos de investir encontrava-se em 38%. Segundo o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, os 67% de intenção de investir na produção mostram o compromisso da indústria de material de construção com a retomada do crescimento e a geração de empregos. “Apesar das incertezas, nosso setor vive um momento importante de modernização, aumento de produção e investimentos. A busca é pelo aumento da produtividade”, resume.
No mês de março, as indústrias associadas à Abramat chegaram a utilizar 80% de sua capacidade instalada, frente aos 81% registrados em fevereiro. São dados que, de acordo com Rodrigo Navarro, demonstram que o setor mantém a confiança no país. Porém, o dirigente da Abramat avalia que a demanda pode ser reflexo do aquecimento observado no final de 2020. “É necessário aguardar para fazer um prognóstico mais assertivo. O panorama ainda é muito incerto, mas precisamos ter cautela”, completa.
Em março de 2020, a capacidade instalada das indústrias associadas da Abramat encontrava-se em 65% – 15% a menos que o percentual apontado na mais recente edição do termômetro Abramat. Por conta dos números atuais, a associação mantém a previsão de que o setor de materiais de construção crescerá 4% em 2021. Em dezembro do ano passado, quando fez a projeção, a associação condicionou a expectativa a 2 fatores: a imunização em massa contra a pandemia e o avanço da pauta de reformas no Congresso Nacional.
Pnad Contínua mostra que construção civil voltou a empregar mais de 6 milhões de trabalhadores
Simultaneamente à mais recente edição do termômetro Abramat foram divulgados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) relativos aos meses de novembro e dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Eles mostram que a cadeia produtiva da construção civil emprega atualmente 6 milhões e 88 mil trabalhadores. Houve alta de 3% em relação aos três meses imediatamente anteriores (agosto, setembro e outubro de 2020) quando o setor contabilizava 5 milhões e 910 mil ocupados.
A Pnad Contínua contabiliza o número de ocupados formais e informais no Brasile é medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde o início da pandemia, a cadeia produtiva da construção interrompeu quase 700 mil vagas. “O número de pessoas ocupadas na construção (pelos dados recentes da Pnad) é o maior desde o início da pandemia, mas ainda está muito inferior ao registrado há um ano (6 milhões e 781 mil)”, frisa a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Entrevistado
Reportagem com base nos dados divulgados no termômetro Abramat, da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/industria-de-materiais-de-construcao-mantem-plano-de-investimento/