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Intenção de compra de imóveis fecha setembro em alta

Posicionamento do consumidor explica superaquecimento no volume de lançamentos por parte das construtoras

Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, encomendada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que a intenção de compra de imóveis fechou o mês de setembro em patamares considerados altos. Os dados revelam que 40% das famílias brasileiras estão propensas a comprar a 1ª casa própria ou trocar de residência. Destes, 10% se mostram ativos no mercado imobiliário para concretizar uma negociação.

Segundo os analistas econômicos que coordenaram o trabalho, isso explica o superaquecimento no volume de lançamentos por parte das construtoras em 12 meses (outubro de 2020 a setembro de 2021). Foram colocadas 237 mil unidades no mercado, o que é um recorde desde que a Brain iniciou esse tipo de estudo, em 2016. 

Na avaliação do presidente da comissão da indústria imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, existe um bom nível de oferta de imóveis, mas surge o desafio de adequar o produto ao poder de compra da população. Além disso, a pesquisa também aponta os obstáculos que podem frear a decisão de compra, que são: inflação, cenário político e taxa de desemprego.  

Porém, o sócio-fundador da Brain, Marcos Kahtalian, lembra que a pandemia mostrou que nada parece deter o desejo do consumidor em adquirir imóveis. “Nesse um ano e meio, o consumidor não se intimidou”, afirma. Segundo ele, há fatores que vão além da oferta de crédito e dos juros baixos para impulsionar o desejo de compra. “A casa passou também a ter a funcionalidade de escritório e de sala de aula. Essa vivência intensa com a casa propiciou o desejo de consumir imóveis”, completa. 

De acordo com a pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, o consumidor tem se mostrado cada vez mais exigente ao buscar imóvel para comprar. O estudo revela quais os principais itens de desejo na hora de adquirir a casa própria ou trocar de residência. Os que os entrevistados mais citaram são área de lazer, mais de uma vaga de garagem, varanda, churrasqueira, suíte e cozinha aberta.   

A pesquisa também detectou que a pandemia aquece o mercado de reformas. “Aqueles que não têm intenção de mudar, reformaram para melhorar a qualidade de vida dentro de casa. Aqueles que decidiram mudar, reformaram para conseguir um valor maior no imóvel colocado à venda para adquirir um novo. Já aqueles que compraram imóvel, reformaram para adequá-lo ao seu estilo de vida”, resume Kahtalian.

Os espaços mais desejados nos projetos de reforma são os seguintes: expandir a área de lazer, transformar quarto em home office, criar uma cozinha em conceito aberto, aumentar a quantidade de dormitórios e ampliar a sala. A pesquisa detectou que no período de 12 meses uma em cada quatro famílias realizou algum tipo de reforma no imóvel. O estudo também percebe que as pessoas continuam interessadas em promover algum tipo de reforma nos próximos 12 meses. 

A pesquisa da Brain Inteligência Estratégica não leva em consideração as obras relacionadas com os programas habitacionais de governo federal e estados. Portanto, envolve residências de médio e alto padrão. 

Confira os dados da pesquisa

Entrevistado
Reportagem com base na pesquisa “Como está a intenção de compra de imóveis?”, da Brain Inteligência Estratégica, encomendada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) 

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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330

Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/intencao-de-compra-de-imoveis-fecha-setembro-em-alta/