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Pavimento Urbano de Concreto ganha espaço na América Latina

Pavimento Urbano de Concreto ganha espaço na América Latina

Durante o Concrete Show, engenheiro colombiano ressalta os benefícios do pavimento rígido em áreas urbanas

Mesmo com a pandemia, o setor da construção civil empregou 2 milhões de pessoas em 2020. Este valor representa um aumento de 3,8% com relação a 2019, quando havia 71,8 mil trabalhadores ocupados no setor. O valor gerado pelo setor de Construção chegou a R$ 325,1 bilhões em 2020, sendo R$ 304,4 bilhões em obras e/ou serviços (93,6%) e R$ 20,7 bilhões em incorporações (6,4%).  Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho de 2022. 

A cidade de Barranquilla, na Colômbia, conta com mais de 80% de sua malha viária em Pavimento Urbano de Concreto (PUC). Da mesma forma, no Chile, este material tem sido amplamente utilizado e já faz parte de 65% das pavimentações urbanas. Estes dados foram expostos pelo engenheiro colombiano Diego Jaramillo Porto, que abriu o espaço “Construindo Conhecimento”, no Concrete Show, com a palestra “O êxito das pavimentações de concreto na América Latina”.

A pavimentação rígida, como também é chamada, já apresenta competitividade com relação ao asfalto, além de possuir vários benefícios. “Já se provou que o PUC é a solução mais econômica, durável e sustentável para as cidades. É um método que vem se aprimorando há 157 anos e hoje apresenta excelentes resultados”, destaca o engenheiro.

Dentre os benefícios apresentados por Porto estão: 

  • Possui vida útil até cinco vezes mais longa do que o asfalto tradicional e apresenta grande redução de custos na manutenção a longo prazo;
  • Suporta mais cargas e frequências, sendo ideais para vias de alto tráfego, como o BRT;
  • Gera economia de energia elétrica, uma vez que a reflexão de luz é até 30% maior que o asfalto, contribuindo também para a segurança no trânsito,
  • É um material que tem durabilidade média de 70 anos;
  • A tecnologia empregada também atribui versatilidade, pois permite adequá-lo para baixa, média ou alta demanda de tráfego.

Pavimento Urbano de Concreto em comunidades

Tal como já vem acontecendo no Bairro Novo do Caximba, o engenheiro também destacou a necessidade de implantação dos PUCs nas periferias e comunidades. “Esse pavimento agrega muito valor e qualidade de vida nas periferias e comunidades. É uma coisa simples, mas que transforma a vida das pessoas que lá vivem. Além da economia com reparos, devido à alta durabilidade, a pavimentação urbana nessas localidades aumenta o valor dos imóveis e possibilita a ampliação da mobilidade urbana”. 

Pavimento de concreto x sustentabilidade

Durante a palestra, o engenheiro colombiano também abordou um dos grandes paradigmas com relação ao uso do PUC: a sustentabilidade. “Criou-se o mito de que o concreto não é prático e nem sustentável, o que não é verdade. Com o avanço da tecnologia conseguimos cada vez mais um produto de qualidade e com comprometimento ambiental”, opina.

Ainda, Porto comentou que o pavimento de concreto oferece vantagens sustentáveis como a diminuição das escavações terrestres, a redução na exploração de pedreiras, melhor rendimento do combustível, menor emissão de CO₂, resistência às mudanças climáticas e aos desastres naturais. 

Fontes

Diego Jaramillo Porto é engenheiro e diretor de Pavimentos e Infraestrutura na Federação Iberoamericana de Hormigon Premezclado FIHP 

Concrete Show

Além disso, a pesquisa também revelou que, em 2020, o país contava com 131.809 empresas de Construção, número que cresceu 5,4% frente a 2019 (125,1 mil). Se este número for comparado a 2011, o crescimento foi de 41,2%. Ainda, o total de salários, retiradas e outras remunerações pagos pelo setor foi de R$ 58,7 bilhões, com destaque para o setor de infraestrutura, que representou 37,1% desse valor.

Na opinião do analista da pesquisa, Marcelo Miranda, mesmo com a pandemia, o setor de construção conseguiu evoluir. “Decretos federais, estaduais e municipais colocaram a construção dentre as atividades essenciais, possibilitando a continuidade das obras durante a pandemia. Políticas públicas de estímulo à economia e de subsídios para a manutenção de empregos podem ter minimizado os efeitos da crise”, resume. 

Setores com maior crescimento

Entre os segmentos da Construção, o setor de infraestrutura foi o que mais cresceu na geração de empregos, com alta de 10,9% em número de pessoas ocupadas. Já a ocupação no setor de serviços especializados caiu 3,3%.

Foi possível observar uma estabilidade na participação de obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor: de 32% para 32,7%. Já a construção de edifícios avançou de 44,7% para 45,3% e serviços especializados para construção foi o único a ter redução: de 23,3% para 22%. 

De acordo com Miranda, o segmento de obras de infraestrutura era o principal do setor, mas caiu para a segunda colocação, com perda de nove pontos percentuais entre 2011 e 2020, sendo ultrapassado por construção de edifícios que ganhou 5,4 pontos percentuais.

Setor privado x setor público 

Outra diferença trazida pela pesquisa de 2020 é referente à participação dos setores privado e público. No valor gerado pelas obras e serviços, 70,2% é proveniente de contratos por pessoas físicas e/ou entidades privadas (R$ 213,7 bilhões), enquanto 29,8% vem de entidades públicas em 2020, isto significa uma queda de 0,3% com relação a 2019.

Segundo Miranda, historicamente, a Construção de Edifícios e Serviços são mais focados no setor privado, enquanto o setor público é mais presente em obras de infraestrutura. “Entretanto, mesmo neste segmento, o setor privado tem crescido em participação”, destaca. 

Fonte
Marcelo Miranda é analista da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC)

Contato
Assessoria de imprensa: [email protected]

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/numero-de-empregos-da-construcao-civil-cresceu-na-pandemia/