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Números indicam retorno da confiança na construção civil

Dados de maio e junho, revelados por organismos do setor, sinalizam um segundo semestre mais otimista

Em maio, a Caixa Econômica Federal fechou o maior número de contratos de financiamento imobiliário em 2020. No mesmo mês, o ICEI-Construção (Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu 5 pontos em relação a abril. Além disso, dos 18 setores relevantes da economia brasileira, segundo dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) a construção civil foi um dos que menos demitiram nos primeiros 3 meses de pandemia – março, abril e maio -, perdendo apenas para o agronegócio. Foram fechadas cerca de 1% de vagas, em um universo de 2 milhões de trabalhadores.

Outro fator que desperta otimismo é que maio registrou aumento no volume de venda de cimento. Foram 4,8 milhões de toneladas – 3% a mais que em maio de 2019, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Há ainda mais estatísticas positivas, que sinalizam que junho também deverá manter o viés de alta. Os novos números devem ser divulgados até 10 de julho, mas alguns dados já estão disponíveis. Entre eles, um relevante: o Índice de Confiança da Construção (ICST) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o levantamento, a confiança no setor subiu 9,1 pontos em junho, alcançando 77,1 pontos. O indicador marca a recuperação de 43% das perdas desde o início da pandemia. Já o Indicador de Situação Atual (ISA-CST) também subiu 4,7 pontos e chegou à marca de 71,5 pontos, após três meses consecutivos de baixa, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 13,5 pontos e chegou em 83,2 pontos. Outros dados que subiram foram Indicador de Demanda (cresceu 13,5) e Tendência dos Negócios (subiu 13,6). Isso significa que o cenário para a construção civil em junho se tornou menos desolador, de acordo com a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Pior pode ter ficado para trás, destaca economista da CBIC

No entanto, a economista destaca que o cenário ainda é muito difícil. “A insuficiência de demanda é a maior limitação à melhoria dos negócios em todos os segmentos do setor. Apesar da abertura de empresas e estandes de venda na maioria das cidades, a deterioração do quadro fiscal, do emprego e da renda não favorece a demanda”, observa. A especialista do FGV Ibre também destaca que, entre os meses de abril e maio, a queda no Índice de Nível de Atividade foi de 28,1 pontos, enquanto a recuperação de junho é de somente 3,4 pontos.

Tanto os dados apurados pelo ICEI-Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) quanto os do FGV Ibre mostram reação do setor, confirma a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos. Porém, ela destaca que resultados abaixo da linha divisória de 50 pontos ainda geram incertezas, mas sinalizam que a atividade da construção civil tende a ganhar mais força no segundo semestre de 2020. “O indicador de confiança do empresário saiu de 34,8 em abril para 37,6 pontos em maio e alcançou 42,6 pontos em junho. O resultado está mais próximo da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança. Esses dados mostram que o pior pode ter ficado para trás”, finaliza.

Entrevistado
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/numeros-indicam-retorno-da-confianca-na-construcao-civil/