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Vender materiais de construção é vender bem-estar e segurança

Vender materiais de construção é vender bem-estar e segurança

Locação terá redução de alíquota de 60% e redutor social de R$400

Este artigo complementa o anterior, Comércio de materiais de construção reage para o final de ano, quando analisamos dados relativos à abertura do segundo semestre, com as devidas perspectivas de melhora até o final do ano.

E, justamente, pela consolidação da base de dados discretamente positiva para o segundo semestre, alteramos para cima, as curvas de tendências das projeções estatísticas para 2023 e 2024.

Porém é fundamental considerar que, conforme o trocadilho do título, por menor que seja o crescimento neste e no próximo ano, ele se dará sobre uma base ainda elevada, devido ao boom de vendas dos anos anteriores.

Considerando os dados consolidados de nossa fonte principal para análises e série histórica para projeções, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), no acumulado dos três anos anteriores, assolados pela pandemia, invasão da Ucrânia e incertezas político-eleitorais, o comércio de materiais de construção cresceu 5,6%, em volume de vendas (faturamento real/nominal deflacionado), e 52,7%, nominalmente (faturamento percebido/volume de vendas com inflação) – (essa é a referência do desempenho Brasil).

Ou seja, sobre o encerramento de 2019, o comércio do segmento não só repassou a elevada inflação do período para os consumidores, como também obteve crescimento acima dessa mesma elevada inflação

Nesse espírito, considerando a nova série histórica PMC do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados consolidados até o último mês de julho, em volume de vendas projetamos para 2023 decréscimo de 1,6%, no faturamento do comércio de materiais de construção Brasil (método projetivo após o artigo).

Para 2024, ainda em volume de vendas, projetamos crescimento de 0,3%, no faturamento do comércio de materiais de construção Brasil.

Agora, nominalmente projetamos para 2023 crescimento de 0,9%, no faturamento do comércio de materiais de construção Brasil.

É muito provável que, nos próximos meses, com novos inputs de dados consolidados PMC nas projeções, relativos ao segundo semestre de 2023 – período sazonalmente favorável para o comércio de materiais de construção – , as quatro curvas de tendências embiquem para cima, melhorando as projeções para o ano vigente e próximo ano.

Isso refletirá também a atual conjuntura positiva emprego, renda e confiança do consumidor, desinflação da economia e otimismo gerado pelo início do ciclo de queda da taxa básica de juros, cujos efeitos menos restritivos no crédito ao consumo, somente serão de fato sentidos no decorrer do próximo ano.

Também o aumento de beneficiários e valores do Programa Bolsa Família, aumento real do salário mínimo, além de outros benefícios governamentais concedidos para as famílias de menor renda, terão um impacto positivo no consumo.

Já o Programa Desenrola Brasil, segundo dados de agosto da Serasa, ainda não entregou a redução da população inadimplente, nem tampouco desnegativou o contingente esperado. Aguardemos os prováveis resultados positivos da terceira e última fase do Programa.

No entanto, para 2024, a continuidade do cenário favorável descrito está sob ameaça, considerando a inviabilidade de cumprimento do novo arcabouço fiscal do Governo, e, principalmente, qual será sua postura quando o óbvio ficar ululante.

Contabilidade criativa ou responsabilidade fiscal?

Infelizmente, essa variável ainda não pode ser captada para elaborações de cenários e projeções estatísticas de vendas.

Fonte: https://fundacaodedados.com.br/2023/09/28/projecoes-vendas-de-materiais-de-construcao-2023-e-2024-esta-ruim-mas-esta-bom/